Desafios de Florianópolis para continuar crescendo

Lançada ontem na cidade, a revista Sinais Vitais Florianópolis traz um panorama da cidade com o objetivo de oferecer e estimular reflexões e melhorias na qualidade de vida da população como um todo. A edição revela os dados coletados principalmente dos órgãos públicos sobre segurança, mobilidade, educação, saúde e desenvolvimento urbano.

Com mais da metade da população sendo formada por pessoas que não são naturais do município, o crescimento acelerado e a economia desacelerada geram diversos transtornos para a região, além da história e suas condições geográficas. Por ser polo regional, o município atrai cerca de 120 mil pessoas todos os dias, que apesar de não morarem na cidade, utilizam a infraestrutura básica, como saneamento, transporte, energia e serviços em geral. Outra parcela de fluxo são os jovens vindos de outras cidades por causa das universidades.

O principal problema enfrentado por Florianópolis hoje é a mobilidade urbana. Com uma frota de mais de 300 mil veículos particulares, a locomoção é um problema diário para a população e afeta a produtividade e o tempo de trabalho das pessoas. O tempo médio de deslocamento entre um automóvel particular e um transporte público, por exemplo é em torno de 45% maior, o que faz com que mais gente opte pelo carro ou moto própria. Outro grande problema é a falta de ciclovias e os acidentes de transito, que causam mais mortes do que homicídio.

No quesito segurança, Florianópolis é considerada relativamente boa em relação as demais cidades brasileiras, porém apresenta um alto índice de jovens entre 18 e 24, autores ou vítimas de crimes, tendo como principal motivação a desavença e o tráfico de drogas.

A educação e o desenvolvimento urbano também passam por dificuldades, segunda a revista. Apesar de ter a primeira creche sustentável do Brasil, a cidade possui altos índices de repetência no ensino fundamental e desistência no ensino médio. O desenvolvimento urbano enfrenta problemas com pavimentação e nomes de ruas, calçadas, acesso a cadeirantes, saneamento básico, planejamento de abastecimento de água, lixo, entre outros, como a balneabilidade das praias e o esgoto.

O balanço foi apresentado pela Sinais Vitais e teve a realização do ICOM – Instituto Comunitário da Grande Florianópolis, do Observatório Floripa Cidadã, um programa de extensão da UDESC e das mais de 60 organizações que compõem o programa Floripa Te Quero Bem. Todo o projeto foi realizado para tornar Florianópolis uma cidade cada dia melhor. Os bons indicadores de qualidade em relação as demais capitais do Brasil indicam que mesmo com todos os problemas e completando 343 anos amanhã, a cidade ainda é um dos locais mais belos do mundo em relação a natureza e uma ótima cidade para viver e ter qualidade de vida.

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